quarta-feira, 14 de março de 2012

Os primórdios do TEAM BARRACUDA

Ainda antes de sequer termos a ideia de formar o team, juntámo-nos os três e fêz-se uma saída de barco.

Foi no longínquo dia 26 de Setembro de 2009, que tive uma das melhores experiências de caça submarina.
Dias antes, verificando que o tempo estáva para se manter favorável a uma saída de barco, ligo ao Paulo Sousa (companheiro de caçadas) a saber se estaria de folga nesse fim de semana.

Tratámos logo de acertar a hora e encontrar mais uma pessoa.
Liguei ao Nelson e ficou tudo certo para um belo dia de mergulho.
Essa madrugada começou atribulada, visto o meu despertador não estar definido para despertar aos sábados e as 6:15 já iam longe, se não fosse o Nelson a me ligar eu dormia até ao meio dia.

Chegados ao barco, soube que teríamos barqueiro o que queria dizer que podíamos estar os 3 dentro de água.
Zarpámos em direcção à baixa do sul na esperança de encontrar algum peixe de jeito, mas estáva fraco, andáva lá um cardume grande de encharéus mas estávam muito fundos. Uns agachons para ver se entráva algum írio, mas nada, umas quedas atrás de umas bicudas, nada, o peixe estáva todo escaldado.
Acabando de dar a volta á baixa e .................... diz o Paulo, "o que é isto", a mim pareciam-me bicudas grandes, enormes, gigantes.

Éram Whaoos e bastantes.

O pessoal tenta chegar-se o mais que pode e notámos que não estávam espantados.
Eu fui o primeiro a conseguir uma distância razoável (julgáva eu), vou todo ligeiro e confiante com o meu canhão de 1mt e zás, o arpão ficou a meio caminho (hehe), eles vieram de novo e aí foi o Paulo com a sua arma de 1.30mt e atirou em cheio, num piscar de olhos o animal levou-lhe o fio todo para o fundo mas não corria muito o que éra indicio de que o arpão estáva a trincar alguma coisa que lhe tiráva a força.
O Paulo foi puchando o fio para cima e como não sabíamos se estáva bem trancado ou não, logo que o peixe estáva a jeito fui a baixo e enfiei-lhe ferro no lombo (adoro esta expressão), agora éramos dois a puchar por ele e ainda assim o peixinho dáva luta.
Assim que o peixe chegou à superfície, deitei-lhe a mão à cauda e o Paulo agarrou-lhe nas guelras e rematou-o, este já não fugia.


Enquanto eu e o Paulo estávamos a tratar deste amigo, os outros vieram novamente (não sei se éra do perfume, mas os gajos não bazávam) e o Nelson fez-se a eles com a sua arma de 90cm mas não teve sorte, o que demonstra que para cada tipo de peixe temos que ter o material indicado, para termos sucesso na captura e para não perdermos o material que é dispendioso.

Ver um cardume com cerca de 8 ou 9 peixes daqueles, é algo que eu só ouvia dos outros e que nunca pensei ver, muito menos ter a oportunidade de enfiar ferro num deles, mas o mérito foi todo do Paulinho que soube ter a calma necessária para uma boa aproximação e com a boa arma dele proporcionou-nos um excelente dia de caça.

Depois de saírmos da baixa fomos para o lado sul da ilha mas não apanhámos nada de interessante.

O peixe foi amanhado em minha casa e depois de tirar a espinha e cabeça, pesou cerca de 15kg, o que fazendo contas á cabeça, tripas e espinha, este peixe devia ter cerca de 20kg.

Nada mal.

2 comentários:

  1. Na verdade, estas história não foi bem assim... Apesar de nunca ter mergulhado no "azul", eu é que vi, aqueles peixes monstruosos a passarem frente da minha "sniper" de 90cm e o Décio, fez-me o favor dos assustar com a sua bela arma de 1m.
    O inicio do team, foi um excelente mergulho :)

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  2. Boa descrição do mergulho, são dias que não se esquece tão cedo.

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